História Natural. O nome de Erva do Capitão, dado por Marcgrave, refere-se, segundo Plumier, à espécie Hydrocotyle umbellata de Linneo, e, segundo Martius, à  Hydrocotyle  bonariensis. Ambas merecem ser descritas em resumo. A primeira é uma planta aquática que apresenta folhas redondas e pequenas; talos serpeantes, delgados, deitando por cada articulação pequenas raízes fibrosas; folhas orbiculares, mantidas sobre um pecíolo comprido, apegado ao centro, guarnecido de nervuras; hastes axilares, cada uma coroa-se com uma umbela composta de vinte flores envolvidas por raios maiores do que elas. Cada flor é retiforme, composta de cinco pétalos brancos, cuja corola contém cinco estames. O ovário tem dois estiletes e torna-se em fruta composta de duas partes comprimidas e pegadas, contendo duas sementes nuas. A Hydrocotyle bonanriensis é planta inteiramente glabra, cujos talos são serpeantes e do comprimento de mais de um pé. As folhas são pecioladas, redondas, um pouco reniformes, com uma chanfradura na base que não chega até o centro. O pecíolo parte de baixo no seu disco. As hastes são compridas, mais que os pecíolos, levam grandes umbelas compostas. As flores são amarelas (Commerson).

   Análise Química. A raiz é picante aromática e quente ao paladar. Ela produz óleo essencial muito cheiroso, extrato aquoso pouco aromático. As hastes são acres e de cheiro volátil, que se assemelha ao da salsa hortense.

   Propriedades. Segundo Martius, a rama e principalmente a haste debruçada acre aromática, são incisivas, aperientes, diuréticas Administradas em dose grande, tornam-se eméticas. O cozimento das hastes convém nas obstruções do fígado e das outras vísceras abdominais. Costuma-se receitar o sumo espremido fresco junto com outros aperientes e refrigerantes, por exemplo, como o de cerefolio ou spurgos. A água destilada é própria para as sardas ou manchas do rosto. Em geral, não se faz caso do uso das folhas. Deve-se tomar a tintura alcoólica de preferência a qualquer outra preparação.