Erva piolheira

Erva contra os piolhos, Brotero, Papraraz, Delphinium Staphysagria Linneo, Família das ranunculaceas

Erva piolheira

     História Natural. Planta vinda das Ilhas Canárias para o Brasil com o intento de adornar canteiros de jardins por serem as flores de elegante aspecto. De ordinário, cria-se em sítios muito úmidos, como lodeiros, margens de pântanos etc. A planta chega à altura de um a três pés, guarnecida em todas as partes herbáceas de pelos brancos e compridos, misturados com um suco viscoso. Talo direito, fistuloso; raiz ramosa; ramos paniculados e folhados; folhas verdes, moles, suborbiculares; notam-se nas flores pedículos longos, cachos flexuosos, sépalos de cor azulada viva; pétalos azuis ou brancos; os superiores chanfrados; folículos compridos, felpudos e pubescentes. Sementes chatas e triangulares.

    Análise Química. A planta deve suas virtudes venenosas a um alcalóide que nele descobriram Lassaigne e Feneulle. Chama-se delfina, é de cor branca, incristalizável, solúvel no álcool e éter.

     Propriedades. Todas as partes da planta são venenosas, principalmente as sementes. Os pós, misturados com azeite e postos na cabeça, servem para matar os piolhos. Colocados sobre feridas, causam o envenenamento imediato no segundo ou terceiro dia da aplicação. A delfina, na dose de seis grãos, mata os cães em duas horas, determinando convulsões titânicas. O princípio da planta descoberto por Couerbe e chamado staphysino ainda é mais mortífero. Em dose pequena, os pós das sementes são unicamente drásticos.

 

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