Erva das cobras

Erva colubrina Pison, Euphorbia pilulifera Linneo, Euphorbia capitata Lamarck, Caacica, Caiacia, Família das da euphorbiaceas

Erva das cobras

   História Natural. As raízes fibrosas da planta deitam talos delgados redondos avermelhados, cobertos de pelos amarelos e arruivados, sobretudo no ápice. Elas são mais ou menos deitadas, folhadas e um pouco ramosas. As folhas são opostas quase sésseis, ovais oblongas, largas de meia polegada e compridas de uma polegada, pontudas, ligeiramente peludas por baixo, tendo na base lado estreito; elas são de um belo verde temperado de cor encarnada. Nascem das axilas das folhas, pedúnculos solitários, os quais sustentam porção de flores pequenas de cor vermelha esbranquecida. Os cálices são peludos assim como as cápsulas. O fruto é triangular do tamanho de um grão de milho, vermelho quando nasce, torna-se depois verde.

   Análise Química. O suco leitoso da Euphorbia capitata contém uma resina acre, goma ca*, goma obscura, uma matéria extrativa e albumina; contém também um óleo gordurento, ácido tartárico e um pouco de água.

    Propriedades. Marcgrave e Pison são testemunhas oculares das virtudes da planta para curar as feridas venenosas. Eles empregam a planta socada e aplicada assim fresca sobre as mordeduras. Pison assevera que a planta pisada e logo posta em cima do lugar mordido, acalma repentinamente a dor cruel que experimenta o doente, pois ela neutraliza logo o veneno e cura a ferida. Ele diz que um bocado dos pós tomado em qualquer vesícula fortifica o coração e restabelece as forças aniquiladas pelo veneno. O modo de administração consiste em fazer um cozimento de meia onça para libra de água, e algumas folhas bastam para o chá. A dose dos pós regula de um escrópulo até meia oitava de cada vez.

 

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