História Natural. Duas espécie de Hymenaea: a Hymenaea maritima e a Hymenaea stigonocarpa, produzem a resina Copal do Brasil, que difere da Jetaicica de Marcgrave ou Goma jerahy ou Jatobá, que provém da Hymonea courbaril Linneo (ver Jetahy); difere também da última que tem a cor vermelha, por ser a sua amarela. O Copal do Brasil é mole, enquanto o Copal duro ou verdadeiro provém da Hymonea verrucosa de Lamarck, árvore de Madagascar, da Ilha Mourisca ou do Elocarpus copallifera das Índias Orientais. O Copal falso, que vem da América espanhola ou das Antilhas, tira-se do Rhuscopallinum. O Nome de Resina animé que os ingleses dão ao Copal brasileiro pertence à resina que provém da Hymonea courbaril Linneo. Cumpre designar claramente a árvore que fornece cada espécie de resina, bálsamo, ou goma para conseguir o exame e estudo de cada uma delas. Precisa-se, sobretudo, não cair nos erros dos autores que confundem o Copal proveniente das várias Hymoneas, que nascem nos campos do interior de Minas, Bahia, Pernambuco e Piauí, com a verdadeira Resina animé ou Jetaicica de Marcgrave, que se extrai do Hymenaea courbaril (ver Jetahy). A resina ou copal mole tem forma de lágrimas compridas e irregulares que se juntam em massa; exteriormente é limpa, vítrea, transparente, de cor amarela pálida, muito semelhante à Resina animé da Hymenaea Courbaril, porém apresenta na sua massa variedades de cores e uma nebulosidade indeterminada que não se observa na Resina animé.
Análise Química. Diz Mr. Aubé que o Copal dissolve-se dentro do éter, porém que é melhor empregar uma mistura de álcool, e de essência de terebintina retificada, marcando 40° do areômetro de Cartier. O Copal em pó dissolve-se com maior facilidade. O princípio da resina copal, é a copalina, substância incolor, dura, insolúvel dentro da água e do álcool, formando com o éter uma massa gelatinosa.
Propriedades. A Resina copal emprega-se unicamente nas artes, enquanto a Resina animé ou Jetaicica tem seu uso medicinal no Brasil; serve o copal para a composição dos vernizes; os antigos diziam que era resina resolutiva e útil em certos casos de asma, inspirando-se a fumaça ou o vapor, porem semelhante asserção não se tem verificado. A copallina figura em certas fórmulas da Alemanha.