Cipó summa

Anchieta salutaris A. St'Hilaire, Viola summa Vellozo, Noisselia pyrifolia Martius, Piraguaia em Minas, Cipó de suma ou Cipó carvueiro em São Paulo, Família das tonidieas

Cipó summa

    História Natural. As duas espécies, Summa branca e Summa vermelha, se encontram nas províncias de São Paulo, Minas e Rio de Janeiro. Ambas receberam o nome Anchieta em lembrança do Padre Jesuíta Anchieta, que prestou serviços a humanidade, e que deixou uma carta curiosa sobre a província de São Paulo. A Viola summa tem caule frutescente, ramosa, delgada e redonda; folhas alternas, ovoidas ou elípticas; flores axilares, dispostas em cachos, cálice pequeno, cinco pétalos, anteras rentes, imóveis; ovário polisperma, sementes orbiculares, perisperma carnudo.

     Análise Química. A raiz da fruta exala cheiro acre de sabor urente, que queima a língua. Existe na planta um princípio ativo ainda desconhecido.

   Propriedades. Reputa-se a planta purgativa e depurativa, porém ela mais merece confiança para debelar as enfermidades da pele. Seriam necessárias novas experiências e novos ensaios, diz A. St'Hilaire, e novos ensaios sobre  as Violas indígenas para serem confirmadas as suas propriedades purgativas e depurativas. O Dr. J. J. da Silva empregou com vantagens a Anchieta salutaris para curar moléstias de pele, impingens, eczemas etc. Outros químicos a recomendam como remédio expectorante no tratamento da Coqueluche e fazem dela uso externo, curando certas feridas com as cataplasmas das folhas. O Dr. Manso diz que as duas espécies de Cipó summa têm efeito catártico muito seguro e sua aplicação é muito antiga em São Paulo, nos casos de boubas. A dose é a casca de um palmo de raiz  administrada seca ou fresca. As raízes são muito notáveis na segunda espécie pelo seu parênquima cor de rosa, e por serem as folhas alternas, ovais, com o cume liso e as margens brandamente serradas. Segundo Martius, a dose purgativa de raiz limita-se a duas dracmas.

 

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